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Apresentação do Projeto ORFEUS:

Os ditames de Trento marcariam decisivamente a liturgia católica no período moderno, e os livros de litúrgicos (para a missa ou para os Ofício Divino) são parte fundamental desta liturgia, baseando-se os seus textos na Sagrada Escritura e no Breviarium Romanum aprovado por Trento. Para as comunidades religiosas, a liturgia marcava o quotidiano monástico, e o Ofício Divino consagrava as obras divinas através da conjugação entre a oração, a leitura, a música e o canto. O Ofício Divino ditava a ordem das orações ao longo do dia, seguindo o Breviário que se impusera a partir do século XI (resumindo num só livro o Antifonário, o Saltério, o Lecionário e o Martirológio), posteriormente simplificado pelos mendicantes, sendo que o seu conteúdo podia variar de acordo com os rituais de uma dada região. É sobre os livros para o Ofício Divino usados pela Ordem de Cister nos séculos XVI a XVIII em Portugal num mosteiro feminino, o mosteiro de S. Bento de Cástris, que o projeto ORFEUS se debruça, enquanto testemunho das orientações saídas do Concílio de Trento. A importância consagrada à música pela Ordem de Cister fez com que nos seus mosteiros circulassem livros litúrgicos de natureza variada, e que se complexificou com o decorrer do tempo. Lembremos que para Bernardo de Claraval as manifestações estéticas e decorativas deviam reger-se pelos princípios da pobreza e da simplicidade, evitando o supérfluo, e que o mesmo se deveria aplicar à prática do canto e da música; perspetivas diversas da do santo fundador explicam as várias reformas na liturgia cisterciense ao longo do tempo. Também em Portugal se manifestou, ao longo do tempo, a importância da música sacra cisterciense, revelando-se em Breviários, Invitatórios conforme o uso cisterciense, Livros de Hinos, Antifonários e Graduais Santorais ou Temporais, Saltérios, Lecionários, Martirológios e Processionais cistercienses. O projeto ORFEUS analisou o espólio do mosteiro cisterciense feminino S. Bento de Cástris (séculos XVI-XVIII) contextualizando-o com as medidas tridentinas e as suas implicações no quotidiano monástico. O conjunto analisado encontra-se no Arquivo Distrital de Évora e na Biblioteca Pública de Évora, sendo que o estudo visou apreciar, a partir dos livros selecionados, as permanências e as ruturas a nível musicológico, iconográfico e codicológico que o Concílio de Trento implicou. A análise histórica e documental permitiu além do enquadramento epocal e da leitura transversal dos dados recolhidos, analisar as práticas religiosas e sacramentais mais reproduzidas e da jerarquia das festas no mosteiro, fornecendo elementos para o entendimento da vida feminina cisterciense de Quinhentos e Seiscentos, confrontando-a com o exigido nas Constituições da Ordem e pelas leis capitulares e recomendações de Visitas. Da mesma forma, atentou-se ainda no estudo e identificação de redes diversas (familiares, geográficas, de hierarquia social, internas ou externas ao mosteiro) ligadas à música e ao canto e ao seu ensino e execução, privilegiando a relação com a cidade e com a sua importante Escola de Música. O Projeto privilegiou uma perspetiva multidisciplinar, juntando investigadores de diversas Universidades e Centros de Investigação, bem como de formações distintas, particularmente a História (período moderno) Paleografia e Codicologia, Arquitetura, Música e Musicologia e Organologia.

Bases de Dados ORFEUS

Manuscritos Musicais

O espólio musical do Mosteiro de S. Bento de Cástris encontra-se repartido entre duas instituições da cidade de Évora, concretamente o Arquivo Distrital e a Biblioteca Pública. Para além do importante fundo constituído por treze livros de coro destinados a uso litúrgico, encontra-se um pequeno núcleo de manuscritos avulso, e ainda composições para orgão, vozes e orgão, partituras para vozes e orquestra e respetivas partes cavas. No seu conjunto abarca géneros para uso litúrgico e festa sacra reunindo uma amostra interessante de compositores de grande disseminação no espaço cultural europeu de setecentos, a par de autores representativos no quadro da música sacra em Portugal. No primeiro plano destacam-se autores como David Perez (1711-1778) mas também Marcos de Portugal (1762-1830) cuja obra teve uma disseminação massiva e persistente ao longo do século XIX, quer em Portugal, quer no Brasil. No quadro de relevância das redes de circulação da música entre os principais centros musicais do país destacam-se autores aqui também representados como José A. Carlos Seixas (1704-1742), António da Silva Leite (1756-1833) ou José Maria Franchi (1776-1832). Finalmente entre outros autores, importa referir a produção de nomes com significativa influência na cidade de Évora como os padres Inácio Ferreira de Lima († 1818) que conta com um legado musical extenso na Sé de Évora onde foi o penúltimo mestre de Capela e Joaquim José da Rocha Espanca (1839-1896). Este último que foi prior em Bencatel e na freguesia de S. Bartolomeu (Vila Viçosa) manteve uma relação privilegiada, persistente e tardía com o Convento de S. Bento de Cástris, para o qual escreveu e legou uma série de autógrafos num conjunto de 16 obras onde se podem encontrar Lições, Responsórios e Missas entre outros géneros.

Livros de Coro

Os Livros de Coro oriundos do espólio musical do Mosteiro de S. Bento de Cástris encontram-se repartidos entre duas instituições culturais da cidade de Évora, concretamente o Arquivo Distrital e a Biblioteca Pública. No total, contam-se treze Livros de Coro destinados a uso litúrgico no âmbito quer do Ofício quer da Missa, dividindo-se entre Antifonários, Graduais e ainda um Hinário. Em termos de datação, a maioria desses Livros de Coro foi realizada durante o século XVI, nove ao todo. Os restantes são de épocas posteriores, sendo que um deles poderá ter sido concebido durante a primeira metade do século XVII e os outros nos finais do século XVIII. A utilização destes Livros de Coro prolongou-se na história tendo sido utilizados, em termos globais, por mais de dois séculos. No que respeita à sua natureza física, são em pergaminho, sobre o qual assenta um discurso escrito em caligrafia gótica que serve uma notação musical quadrada sobre pentagrama. Ao longo dos tempos foram sofrendo alterações de vária ordem, resultantes das sucessivas reformas ocorridas no seio da ordem cisterciense, sobretudo em meados do século XVII.

Praxis Musical

Na história do mosteiro de S. Bento de Cástris as religiosas ligadas à música foram uma constante: monjas cantoras, organistas, ou tangedoras de tecla ou cordas. Com base nas fontes primárias, especialmente contratos de dote, retiramos as informações de cada uma das monjas, a saber: filiação, proveniência geográfica, função desempenhada, valor do dote, dotador e ano de entrada. Foi desta forma possível elaborar notas biográficas de algumas monjas que nos permitem uma leitura transversal sobre a praxis musical na comunidade. O mosteiro, tal como outras instituições na época, ansiava por jovens que perpetuassem a função da música e do canto, facilitando-lhes a entrada na comunidade com montantes dotais muito inferiores aos normais de uma determinada época ou mesmo inexistentes.

Objetivos:

A equipa multidisciplinar do ORFEUS pretendeu desde o início obter respostas sobre a existência de uma identidade nos livros usados em Ofício Divino pelas monjas cistercienses de S. Bento de Cástris no período moderno em Portugal, expressa numa dupla perspetiva: a religiosa e um musical, como produtos das orientações do Concílio de Trento e das suas indicações no sentido da uniformidade. A pesquisa na mais extensa coleção de livros dedicados à música (Livros de Coro e manuscritos musicais) de todos os mosteiros de Évora, o mosteiro de S. Bento de Castris, pretendeu analisar o lugar da música na comunidade eborense e o seu papel na educação das monjas, que significava por vezes a presença de membros externos do mosteiro, num período em que a vida no claustro foi tão vigiada. Em termos codicológicos, paleográficos e iconográficos procedeu-se a uma análise da escrita (identificação de letras maiúsculas e minúsculas) e ornamentação (inicial, letras maiúsculas, outras letras decoradas, motivos decorativos marginais ou intertextuais, marginalia), avaliando também as intervenções posteriores no manuscrito original (revisões, correções, anotações, marcas de uso) e o estado de conservação dos mesmos. Partindo ainda de uma breve abordagem às encadernações (materiais, formato, tipologia), procurou-se ainda entender a história e origem dos Livros de Coro do mosteiro e apreciar a existência de uma estética cisterciense no período pós-Trento. Os códices iluminados cistercienses seguem, com variações, o pensamento de S. Bernardo e as indicações capitulares. No livro, a imagem deve ser entendida como imagem situada quer no que respeita à construção da página, quer na sua relação com o texto ou, na ausência desta relação, com o sentido geral da festa ou tempo litúrgico, quer relativamente aos costumeiros e diferentes ordos litúrgicos. Quanto à pesquisa histórica, tomando como ponto de partida a importância do Concílio de Trento na vida temporal e espiritual das comunidades femininas, visa verificar: as mudanças litúrgicas no mosteiro de S. Bento de Cástris, especialmente no Ofício Divino, impostas pelo Concílio - unificação dos ritos e rezas, mudando os introitos de algumas festas, mudanças na jerarquia das festas da igreja, subida aos altares de santos novos; verificar o cumprimento das imposições de Alcobaça – assistência ao Coro; proibição de cultos; mudanças no calendário litúrgico; cumprimento do Breviário cisterciense; verificação de formas particulares de devoção; analisar a origem geográfica e social das religiosas e a existência de redes, bem como a relação entre a prática musical e os espaços do mosteiro. A investigação musicológica destes manuscritos inclui a descrição da sua notação musical e conteúdos litúrgicos, a análise comparativa das melodias, a transcrição em notação moderna, a busca de concordâncias, a reconstrução das práticas de desempenho, e as suas dimensões litúrgica, organológica e técnica. O estudo de instrumentos musicais usados em Portugal nos períodos da Renascença e do Barroco pode claramente contribuir para as futuras abordagens organológicas no país. A falta de informações sobre o uso de instrumentos musicais em Portugal no contexto religioso, antes do século 18, pode ser explicada por dois acontecimentos históricos. Um deles é o terramoto de 1755, o que contribuiu para o desaparecimento de muitos vestígios artísticas de eras anteriores. O outro está relacionado com a extinção por decreto, em 1834, das ordens religiosas em Portugal. Livros e outros objetos de valor foram então alienados pelo Estado. As informações contidas nos Livros de Coro que chegaram até nós, utilizados por ordens religiosas, podem ser uma boa fonte de informação, quando estudados conjuntamente à luz da musicologia e da organologia. Embora a análise de partituras forneça informações sobre a música, a sua correlação com instrumentos pode elucidar-nos sobre a sua construção e utilização, num contexto nacional e internacional. O facto de terem permanecido num país católico ajuda a estreitar as variáveis de instrumentos encontrados na música sacra. Ao contrário dos países influenciados pela Reforma, a música de igreja permaneceu mais uniforme em Portugal. Certamente havia algumas influências, como a necessidade das medidas de austeridade resultantes Concílio de Trento confirmam.

Equipa de Investigação

Antónia Fialho Conde

(Investigadora Responsável Universidade de Évora)

Antónia Fialho Conde é Professora Auxiliar do Departamento de História da Universidade de Évora, instituição em que se doutorou, em 2005, com a dissertação O mosteiro de S. Bento de Cástris e a Congregação Autónoma de Alcobaça (1567-1776). É investigadora integrada do CIDEHUS-UÉ e investigadora colaboradora do CEHR e do HERCULES. As suas áreas de docência e investigação são o Monaquismo Cisterciense Feminino, a História de Portugal no período moderno e o Património e Cultura Material, consumadas também em diversas publicações. Leciona nas formações graduadas e pós-graduadas do Departamento de História da Universidade de Évora fazendo ainda parte da equipa docente de 3ºs ciclos interuniversitários (PIUDHist e HERITAS). Participa em vários projetos de investigação financiados a nível nacional e internacional, sendo a Investigadora Responsável do Projeto ORFEUS FCT EXPL/EPH-PAT/2253/2013 - A Reforma tridentina e a música no silêncio claustral: o mosteiro de S. Bento de Cástris.

Vanda de Sá

(Universidade de Évora)

Doutorada em Musicologia (Universidade de Évora) e mestre em Ciências Musicais (FCSH-UNL). Professora Auxiliar do Departamento de Música da Universidade de Évora. Principal domínio de investigação: música instrumental no período final do Antigo Regime. Vice-Presidente da Unidade de Investigação em Música e Musicologia da Universidade de Évora, colaboradora do Centro de Investigação INET-MD (na linha de investigação em Musicologia) e Investigadora Responsável do Projeto de Investigação “Estudos de Música Instrumental 1755-1840”, financiado pela FCT (2010-13). Diretora do Museu da Música Portuguesa – Casa Verdades Faria (2010-2011).

Filipe Mesquita de Oliveira

(Universidade de Évora)

Filipe Mesquita de Oliveira, Doutorado em Música e Musicologia pela Universidade de Évora, é atualmente Professor Auxiliar nessa instituição. O seu domínio de especialização é a música instrumental ibérica dos séculos XVI e XVII, em particular a de tecla. Tem vindo a desenvolver trabalho de investigação em torno da música instrumental portuguesa também noutros períodos históricos, nomeadamente, no período final do Antigo Regime. Como conferencista destacam-se diversas apresentações em Portugal e no Estrangeiro. Das suas publicações mais recentes destaca-se o artigo «Some aspects of P-Cug, MM 242: António Carreira’s keyboard tentos and fantasias and their close relationship with Jacques Buus’s ricercari from his Libro primo (1547)» in Interpreting Historical Keyboard Music - Sources, Contexts and Performance (Farnham: Ashgate, 2013).

Ana Maria Tavares Martins

(Universidade da Beira Interior)

Arquiteta pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL’97). Doutora, em 2011, pela Universidade de Sevilha (na vertente Reabilitação Arquitetónica e Urbana) com a tese intitulada “As Arquiteturas de Cister em Portugal. A Atualidade das suas Reabilitações e a sua inserção no Território”. Diretora de Curso do Mestrado Integrado em Arquitetura da Universidade da Beira Interior. Professora Auxiliar do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura da Universidade da Beira Interior onde leciona as disciplinas de História da Arquitetura II e III. Investigadora integrada do CITAD e investigadora colaboradora do CIDEHUS. Membro da Equipa Investigadora do Projeto ORFEUS - A Reforma tridentina e a música no silêncio claustral: o mosteiro de S. Bento de Cástris (Projeto FCT EXPL/EPH-PAT/2253/2013) Membro de: ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios) – Portugal; APOC – Associação Portuguesa de Cister; OA-Ordem dos Arquitetos. Áreas de investigação: Arquitetura Cisterciense, Património Arquitetónico, História da Arquitetura, Reabilitação Arquitetónica e Urbana.

Elisa Lessa

(Universidade do Minho)

Elisa Lessa é doutorada em Ciências Musicais pela Universidade Nova com a tese Os Mosteiros Beneditinos Portugueses (séculos XVII a XIX): Centros de Ensino e Prática Musical, Mestre em Ciências Musicais, pela Universidade de Coimbra, e Licenciada em Ciências Musicais pela Universidade Nova. É Professora Associada do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho. Como musicóloga é autora de diversos estudos sobre Música Portuguesa dos séculos XVII a XX. Tem artigos científicos publicados em revistas especializadas portuguesas e estrangeiras no domínio da Música Sacra Portuguesa. Editou obras de música sacra portuguesa do século XVIII dedicada aos conventos femininos e de Música Portuguesa para a infância dos séculos XIX e XX. Integra o projeto de investigação financiado pela FCT sobre A Música no contexto pró-Tridentino no Mosteiro de Cástris em Évora. As suas áreas de interesse incluem trabalhos no âmbito da História Cultural, questões de Género no contexto da prática musical feminina monacal e Estudos de Cultura Musical luso-brasileira. Orientou mais de 30 teses de mestrado e 4 teses de doutoramento, em diferentes temáticas no âmbito dos Estudos de Cultura Portuguesa. Integra o Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM) e o Núcleo de Investigação Caravelas da Universidade Nova de Lisboa (CESEM).

Margarida Sá Nogueira Lalanda

(Universidade dos Açores)

Professora na Universidade dos Açores. Licenciada em História e doutorada em História da Cultura e das Instituições. Membro do Centro de Estudos d’Aquém e d’Além Mar (Portugal). Coordenadora de toda a formação em Ciências Documentais e da Informação na Universidade dos Açores desde 2000. Áreas de interesse: história dos séculos XV a XVIII; história insular, dos Açores, de Portugal, do Atlântico; história da cultura; comportamentos e valores culturais; Clarissas; estruturas e vivências religiosas; organização da sociedade; municipalismo; história local e regional; análise qualitativa; documentação e arquivos; a Comunicação e a História. Dos seus textos destaca-se: A Sociedade Micaelense no século XVII: estruturas e comportamentos (dissertação de doutoramento, defendida em 1996 e publicada em 2002); A admissão aos mosteiros de Clarissas na ilha de São Miguel (séculos XVI e XVII) (tese de provas de aptidão pedagógica e capacidade científica, defendida em 1987, inédita); «Do Convento de Jesus, na Ribeira Grande (S.Miguel), no século XVII: as cartas de dote para freira»; «Regra e Comunidade: os poderes nas Constituições Gerais de 1641 para os mosteiros de Clarissas» (em colaboração); «Das Clarissas e dos dotes de entrada em religião no século XVII».

Isabel Maria Botelho de Gusmão Dias Sarreira Cid da Silva

(Doutorada Universidade de Évora)

Isabel Maria Botelho de Gusmão Dias Sarreira Cid da Silva é Doutorada em História (Universidade de Évora) tendo apresentado a dissertação O Foral de Évora. Estudo diplomático, codicológico e paleográfico. Subsídios para uma arqueologia da cultura escrita em Portugal no tempo de Dom Manuel I. É Mestre em História, área de Paleografia e Diplomática (Universidade Clássica de Lisboa), tendo apresentado a tese António Bocarro – O Livro das Plantas de todas as Fortalezas, Cidades e Povoações do Estado da Índia Oriental. Estudo histórico, codicológico, paleográfico e índices por Isabel Cid (Lisboa: Imprensa Nacional, 1992). É especializada em Biblioteconomia e Arquivística (Universidade de Coimbra). Foi Diretora da Biblioteca Pública e do Arquivo Distrital de Évora durante cerca de vinte anos, tendo em simultâneo exercido docência como Assistente Convidada para a disciplina de Paleografia e Diplomática (Universidade de Évora), encontrando-se atualmente aposentada. Publicou mais de trinta monografias sobre assuntos da sua área.

Susana Henriques Rodrigues Caldeira

(Metropolitan Museum of Art)

Susana Henriques Rodrigues Caldeira é Conservadora Associada no Departamento de Conservação de Objetos no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque. É desde 2008 a responsável pela conservação e restauro da coleção de instrumentos musicais neste museu. Tem um Bacharelato em Conservação e Restauro da extinta Escola Superior de Conservação e Restauro em Lisboa, com a especialização em Instrumentos Musicais, e um Master of Music – History of Musical Instruments, da Universidade de Dakota do Sul, EUA.

Luís Henriques

(Bolseiro P.O.)

Luís Henriques nasceu na Ilha das Flores. É mestre em Ciências Musicais pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa e licenciado em Musicologia pela Universidade de Évora. É colaborador na UnIMeM e no MPMP, nas edições mpmp e revista glosas, sendo também consultor para o atelier de conservação e restauro Acroarte e a Comissão de Música Sacra da Diocese de Angra. Em 2011-2012 realizou o catálogo do fundo musical do Arquivo Capitular da Sé de Angra e entre 2014 e 2015 foi bolseiro no projeto “Orfeus”. Desde 2006 que participa nas Jornadas “Escola de Música da Sé de Évora”. Em 2012 fundou o Ensemble da Sé de Angra, em 2013 fundou o Ensemble Mensurable e o Ensemble Eborensis. O seu trabalho tem-se concentrado na polifonia vocal portuguesa dos séculos XVI e XVII e a música no arquipélago dos Açores.

António José da Silva Marques

(Bolseiro P.O.)

António José da Silva Marques é licenciado em História e Mestre em Ensino da História e Geografia para o 3º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário pela Universidade do Minho. É doutorando na Universidade de Évora. Durante o ano de 2014 foi bolseiro na Universidade de Évora, na área da História, integrado no Projeto Orfeus: A reforma tridentina e a música no silêncio claustral: O mosteiro de S. Bento de Cástris (FCT EXPL/EPH-PAT/2253/2013), sob orientação da Professora Doutora Antónia Fialho Conde. Lecionou as disciplinas de História e Geografia e é formador profissional acreditado desde 2010. Participou em diversos seminários e conferências na área da História e é autor de diversos artigos.